Hoje amanheci refletindo sobre a educação e seus personagens. Estou indo à uma seleção para trabalhar com crianças atípicas, mais conhecidas como crianças com deficiências. Montei esta imagem a partir do que observo na minha prática educativa. Sou professora, pedagoga, estudante de psicopedagogia e coordenadora pedagógica.
E esta é uma realidade. Educadores continuam preparando a sua sala de aula ao seu modo para receber crianças fictícias e perfeitas. Discordo disso e tenho levado onde vou a discussão: A educação tem de ser à moda de quem?
Atualmente vivemos diversos
questionamentos sobre a educação, a inclusão, métodos, recursos, o que
deve e o que não deve ser feito com tal transtorno ou síndrome, no
entanto o que tem ficado esquecido no meio dessa discussão é a criança.
Ela mesma tendo transtorno, síndrome ou seja lá o que for é criança e
precisa ser tratada como tal.
Brinquedos, alegria, sorrisos,
carinho, atenção, cuidados, aprendizagem... são tantas coisas que as
crianças precisam... mas alguns tem esquecido que por serem diferentes
as crianças atípicas também têm direito a tudo isso. De formas
diversificadas muitas vezes, mas têm os mesmos direitos que as demais.
Com
relação à educação escolar não poderia ser diferente as crianças
atípicas tem sim condições de aprender, de se desenvolver e de evoluir é
óbvio que em situações muitas vezes diversas, por suas restrições
físicas, psicossociais ou mentais.
No meio deste turbilhão de
informações está o professor que chega em sala de aula muitas vezes
despreparado e sem conhecimento a respeito das crianças atípicas. É
jogado na sala ao lado da criança e "querem" que o profissional, formado
em magistério ou pedagogia, enfie goela a baixo na criança um monte de
conteúdos sem sentido algum para ela.
É preciso ter
conhecimento para lidar com crianças atípicas, pois no meio desses
professores tem aqueles, independente de formação, que irão dizer que
estão perdendo seu tempo precioso e que essas crianças não aprendem
nada; ou aquele que irá pesquisar na internet, em livros e com outros
profissionais o que pode ser feito com aquela criança e busca, cria
recurso para levar o conhecimento aquela criança.
É necessário
conhecer todo o histórico de vida da criança, seus desejos e condições
para se estabelecer planos de ensino diferenciados reais que possam lhes
trazer uma aprendizagem significativa.
A educação tem de ser à
moda de quem aprende e não à moda de quem ensina. E no fim das contas
todos saem ganhando a criança que compreendeu aquilo que foi proposto e o
educador que evoluiu em sua vida profissional atingindo mais um
estudante, independente de ser típico ou atípico o objetivo de todo
professor é atingir aquela criança com o conhecimento. Quando o
profissional não se preocupa em como os estudantes receberam aqueles
conceitos que repassou é preciso repensar sua profissão.
Este é um assunto extenso e tem diversas vertentes que precisam ser analisadas, por isso em breve estarei discutindo novamente este assunto com outras experiências e estudos que embasem tais momentos.
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