Vamos pensar!!!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Educação à moda de quem?


 Hoje amanheci refletindo sobre a educação e seus personagens. Estou indo à uma seleção para trabalhar com crianças atípicas, mais conhecidas como crianças com deficiências. Montei esta imagem a partir do que observo na minha prática educativa. Sou professora, pedagoga, estudante de psicopedagogia e coordenadora pedagógica. 
E esta é uma realidade. Educadores continuam preparando a sua sala de aula ao seu modo para receber crianças fictícias e perfeitas. Discordo disso e tenho levado onde vou a discussão: A educação tem de ser à moda de quem?
Atualmente vivemos diversos questionamentos sobre a educação, a inclusão, métodos, recursos, o que deve e o que não deve ser feito com tal transtorno ou síndrome, no entanto o que tem ficado esquecido no meio dessa discussão é a criança. Ela mesma tendo transtorno, síndrome ou seja lá o que for é criança e precisa ser tratada como tal.
Brinquedos, alegria, sorrisos, carinho, atenção, cuidados, aprendizagem... são tantas coisas que as crianças precisam... mas alguns tem esquecido que por serem diferentes as crianças atípicas também têm direito a tudo isso. De formas diversificadas muitas vezes, mas têm os mesmos direitos que as demais.
Com relação à educação escolar não poderia ser diferente as crianças atípicas tem sim condições de aprender, de se desenvolver e de evoluir é óbvio que em situações muitas vezes diversas, por suas restrições físicas, psicossociais ou mentais.
No meio deste turbilhão de informações está o professor que chega em sala de aula muitas vezes despreparado e sem conhecimento a respeito das crianças atípicas. É jogado na sala ao lado da criança e "querem" que o profissional, formado em magistério ou pedagogia, enfie goela a baixo na criança um monte de conteúdos sem sentido algum para ela.
É preciso ter conhecimento para lidar com crianças atípicas, pois no meio desses professores tem aqueles, independente de formação, que irão dizer que estão perdendo seu tempo precioso e que essas crianças não aprendem nada; ou aquele que irá pesquisar na internet, em livros e com outros profissionais o que pode ser feito com aquela criança e busca, cria recurso para levar o conhecimento aquela criança.
É necessário conhecer todo o histórico de vida da criança, seus desejos e condições para se estabelecer planos de ensino diferenciados reais que possam lhes trazer uma aprendizagem significativa.
A educação tem de ser à moda de quem aprende e não à moda de quem ensina.  E no fim das contas todos saem ganhando a criança que compreendeu aquilo que foi proposto e o educador que evoluiu em sua vida profissional atingindo mais um estudante, independente de ser típico ou atípico o objetivo de todo professor é atingir aquela criança com o conhecimento. Quando o profissional não se preocupa em como os estudantes receberam aqueles conceitos que repassou é preciso repensar sua profissão.
Este é um assunto extenso e tem diversas vertentes que precisam ser analisadas, por isso em breve estarei discutindo novamente este assunto com outras experiências e estudos que embasem tais momentos.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Capítulo 9 - O Tempo Acabou.

Capítulo   9                  

 

O Tempo acabou.

    Uma semana se passou e o American Cruise for young ainda não tinha concluído o seu percurso, aliás, já havia feito vários percursos não planejados até aquele momento. Muitas vidas se cruzaram ali, tantos caminhos foram traçados, mas até aquele instante não tinham sequer noção de como voltar às suas vidas "normais".
    A boa vida da primeira classe se encerra hoje, agora todos vão poder frequentar todas as partes do navio. Mas será que o comandante já conseguira algum sinal? Ainda não havia dado resposta. Esses e outros comentários agitavam o pessoal do cruzeiro. A tripulação repassou a inquietude dos passageiros para o comandante, que decidiu marcar um novo pronunciamento aos passageiros. Ele agendou o pronunciamento mais uma vez para o meio dia, não deu tempo de falar antes com Rebeka, e enfatizou que era essencial a participação de todos para o novo pronunciamento.
      A tripulação se apressa para coletar dados, os mais recentes possíveis, afinal, dentro de uma hora teriam de repassá-las para o capitão. 
    Rebeka estava dormindo e foi acordada por Vitória batendo na porta da sua cabine apressadamente, acabara de ouvir o comunicado e sabia que a amiga estava por fora do que estava acontecendo.
Vitória: - Rebeka, Rebeka acorde! O capitão está fazendo um chamado urgente. (Rebeka, wake Rebeka! The captain is making an urgent call.)
Rebeka: - Nossa! O que está acontecendo Vitória? O Capitão me procurou? (Wow! What is happening Vitória? The captain came to me?)
Vitória: - Não. Ele quer que todos estejam no convés ao meio dia para um novo comunicado. (No. He wants everyone to be on deck at noon for a new statement.)
Rebeka: - Será que conseguimos algum contato com a marinha ou com a equipe em terra? (Can we some contact with the Navy or the team to the ground?)
Vitória: - Não acredito por que o tom da voz dele não era muito animador. (I can not believe that the tone of his voice was not very encouraging.)
     Eduard havia saído logo cedo para registrar umas fofocas no navio tinha que estar sempre atualizado. Na academia Eduard vê Tiago com outra mulher e consegue tirar umas fotos dele. 
Eduard: - Aha!!! Sabia que ia pegar esse cara no flagra. Esse canalha vai pagar caro por ter estragado a vida da Rebeka. Ela não merecia isso. Minha vingança começou, ele não perde por esperar.(Aha !!! I knew I'd get this guy in the act. That bastard will pay dearly for having spoiled the life of Rebecca. She did not deserve this. My revenge began, he does not lose by waiting.)
    Eduard sai comemorando. Enquanto salvava as fotos no costume de enviá-las em seguida fez o mesmo procedimento e um breve sinal  apareceu, mas elas não carregaram, o tempo não fora suficiente. Eduard corre e vai ao encontro do comandante.
    Jonathan vai a cabine de Bianca, mas ela não estava.
Jonathan: - Que surpresa! Com certeza ela deve estar no spa.
    Jonathan foi ao spa e encontrou-a papeando com Letícia. Bianca apresentou a amiga Letícia ao namorado.
  Jonathan fala as duas sobre o aviso do comandante. Ambas dizem que precisam sair para se produzir para o evento, afinal uma hora e meia é pouco tempo para uma dama se arrumar. Combinaram onde iriam se encontrar. Elas saem e Jonathan foi ao convés. No caminho ouviu os burburinhos de alguns tripulantes com Eduard.
 Eduard: - Mas eu preciso falar com o comandante. É urgente. (But I need to talk to the commander. It's urgent.)
Tripulante: - Você e mais quantos precisam falar com ele agora. (You and more how many need to talk to him now?)
Eduard: - Você não está  me entendendo eu conseguiu um sinal agora há pouco, enquanto fazia minhas fotos, tentei enviar pra revista, faz apenas alguns minutos. Eu vim correndo tenho que avisar ao comandante. (You're not understanding me I got a sign just now, while doing my photos, I tried to send magazine, is just a few minutes. I came running have to warn the commander.)
Tripulante: - Agora lembrei de você. Foi você que conseguiu o sinal da outra vez, não foi? (Now remembered you. It was you who got the sign over again, right?)
Eduard: - Isso mesmo. Você me deixa entrar? (That's right. Do you let me in?)
Tripulante: - Com certeza senhor... (Surely sir ...)
Eduard: - Eduard.
Tripulante: - Ok, senhor Eduard. O senhor pode ir falar com o capitão. (Okay, Mr. Eduard. You can go talk to the captain.)
    Jonathan ouviu a tudo e ficou pensativo.

Jonathan: - Será que esse cara é um repórter? Vou entrar agora mesmo no computador do navio.
   Jonathan corre para sua cabine, esqueceu até que tinha marcado com Bianca. Entrou correndo e começou a fuçar seu computador.
Jonathan: - O que me deixa sem ação é não ter acesso à internet. Um! tá difícil, mas eu vou conseguir. Sem a net fica mais difícil, mas meus programinhas sempre me salvam. Uhu! Sabia que ia conseguir. É realmente aquele cara falou a verdade, mas não dá pra ver mais nada. Deixa eu ver vou tentar descobrir que frequência ele usou...
    Marcos ouviu o comunicado, mas não sabia onde encontrar Rebeka, decidiu ir ao convés para encontrá-la por lá. com certeza ela iria. Ainda faltavam vinte minutos para o meio dia, mas ela chegaria antes para falar com o coandante. 
    Ele estava certo dentro de instantes Rebeka apareceu.
Rebeka: - Oi, bom dia. Como passou a noite? (Hi, good morning. How spent the night?)
Marcos: - Bem, mas agora estou melhor, estou com você. (Well, but now I'm better, I'm with you.)
    Várias pessoas começaram a chegar e em seguida o comandante Marshal com a sua tripulação. 

Comandante Marshal: - Olá senhores e senhoras, estou mais uma vez aqui para lhes falar, não por excelentes notícias como gostaria. Como todos já sabem nosso prazo para chegarmos ao primeiro destino, que seria a Califórnia, expira hoje e ainda não conseguimos retornar. (Hello ladies and gentlemen, I am again here to tell you, not great news as you like. As you all know our deadline to reach the first destination, it would be California, expires today and we are yet to return.)

Mas quero tranquilizar a todos vocês, pois um dos colaboradores das estratégias o senhor Eduard conseguiu um segundo  sinal. Como estávamos próximo às geleiras nos afastamos um pouco, mas continuamos em busca de mais informações a todo momento. (But I want to reassure all of you, as one of the collaborators of the strategies Mr. Eduard got a second signal. As we were near the glaciers moved away a bit, but still looking for more information all the time.)
Quero deixar com todos os relatórios atuais dos nossos estoques de víveres. Reafirmo que não precisam preocupar-se com esta questão. (I want to make with all current reports from our supplies stocks. I reaffirm that do not need to worry about this issue.)
   Os passageiros começam a tirar dúvidas e desta vez a conversa se alonga mais, até as 14 horas. Aos poucos todos vão se tranquilizando e vão saindo para suas atividades.
   Jonathan diz a Bianca que se encontram a noite no lugar de sempre, que agora tem resolver algo em sua cabine, mas que não é nada de mais, para que ela não se envolvesse. Jonathan vai para sua cabine e começa a revistar os computadores a bordo, especialmente os do navio e o de Eduard para descobrir por que apenas ele conseguiu sinal. 

Jonathan: - Será que alguém estava escondendo o jogo? Afinal por que não tinham falado nesse cara antes? Quem era ele? Dentro de alguns segundos já vou descobrir... E voilá fotos, fotos, fotos....? Quem é esse cara? Só pode ser um fotógrafo. Mas o que um fotógrafo teria a colaborar?
   Jonathan descobre os locais onde Eduard conseguiu os sinais. A noite ele se encontra com Bianca, mas teme dizer a ela o que descobriu porque teria de explicar como teve acesso a isso, se disse que estaria em sua cabine.
   Eduard mostra a Vitória as fotos que tirou de Tiago.
Eduard: - Viu só. Eu disse que conseguiria. Eu vou me vingar desse cara, por ter feito nossa amiga sofrer. (Did you see. I said I would. I'll get back at this guy, for doing our friend suffer so much.)
Vitória: - Esconde isso Eduard não quero que a Rebeka lembre disso.(Edward hide it do not want to Rebekah remember that.)
Eduard: - Como assim lembrar? E você acha que ela esqueceu? (What do you remember? And you think she forgot?)
Vitória: - Bom. pelo menos ela está tentando. Está se encontrando com aquele outro rapaz. (Well. At least she's trying. Are meeting with that other guy.)
Eduard: -  Mulheres. Mas eu não vou me desfazer disto não. No momento certo eu vou usá-las. (Women. But I will not rid myself of it not. At the right time I'll use them.)
Vitória: - Faça o que você quiser com elas. Apenas cuidado para não machucar minha amiga. (Do what you want with them. Just be careful not to hurt my friend.)
Eduard: - Nossa amiga, esqueceu? (Our friend, remember?)
Vitória: - Tá me desculpa. Tudo bem. eu sei que você também só quer o bem dela.(Ok excuse me. All right. I know you also just want the sake of it.)
Eduard: - Legal. Então vamos relaxar um pouco. que tal namorarmos um pouquinho? (Cool. So let's relax a little. that such courting a little bit?)
Vitória: - Uhu! Gostei da ideia.  (Uhu! I liked the idea.)
   Rebeka e Marcos se beijam. Rebeka está muito feliz e ele também. Passam um tempo juntos olhando as estrelas de mãos dadas. 
Rebeka: - Estou cansada o dia foi bem puxado hoje não foi? Que tal descansarmos um pouco? (I'm tired the day was well pulled today was not it? How about a little rest?)
Marcos: - Sim. Juntos? (Yes. Together?)
Rebeka: - Por enquanto não, melhor continuarmos como estamos, está tudo perfeito. (Not quite yet, one should continue as we are, everything is perfect.)
Marcos: - Tudo bem. posso levá-la até a sua cabine? (All right. I can take you to your cabin?)
Rebeka: - Sim. Apenas me levar, não é? (Yes. Just take me, do you?)
Marcos: - Com certeza. Eu respeito muito você. (Absolutely. I respect you.)
Rebeka: - Então vamos.(So let's go.)

Marcos: - Posso te perguntar só mais uma coisa antes da gente ir? (Can I ask you one more thing before we go?)
Rebeka: - Pode falar.(You can speak.)
Marcos: - Você quer namorar comigo? (Do you want to date me?)
Rebeka: - Sim.(Yes)
    Eles se abraçaram e beijaram-se. E foram juntos até a cabine de Rebeka beijaram-se mais uma vez e ela entrou. Marcos estava feliz havia conseguido. Tinha deixado de ser a sombra de Tiago e conquistado uma garota, especial.
   Vitória vai ao quarto de Rebeka mais tarde e ela lhe conta que está muito feliz e está namorando Marcos. 
Rebeka: - Amiga, estou muito feliz ele me respeita e ouve. Sinto algo diferente que não sei explicar. Ele mexe comigo. (Friend, I am very happy he respects me and listens. I feel something different I can not explain. He moves me)
Vitória; - Que bom! Estou muito feliz por você minha amiga. (That's good! I am very happy for you my friend.)
Rebeka: - Obrigada. Agora nós duas temos namorados. (Thank you. Now we both have boyfriends.)
(Sorriram juntas)   
   Por volta da meia noite quando boa parte dos passageiros já estava dormindo Jonathan vai à cabine para tentar falar com o capitão.
Tripulante: - Mas o que você quer com o capitão a uma hora dessas?
 Jonathan: - É por que eu fiz uma descoberta muito importante. 
Tripulante: - Do que você está falando?
Jonathan: - Apenas diga ao capitão que eu localizei os locais onde o Eduard conseguiu os sinais com o pessoal em terra firme.
Tripulante: -Ok. Aguarde por favor.

Comandante: - Boa noite Senhor, ou será que devo dizer Bom dia?

Jonathan: - O senhor não vai se arrepender de me ouvir.
   E Jonathan contou que identificou a localização exata dos sinais que Eduard fez e que deve haver algum satélite próximo que capte. O seu sistema tem um localizador que permite levá-los até os mesmos locais. Embora ainda não tenha descoberto a localização exata que estão ou a da terra firme.
 Comandante: - Como você descobriu tudo isso?
Disponível em: http://www.horasdeclarice.blogger.com.br/2005_05_01_archive.html



  Que mudanças queremos para o Brasil? 

 Muitas manifestações têm ocorrido no Brasil pedindo a saída da presidente Dilma. Cerca de 60% da população brasileira desaprova o governo atual. Mas temos que ter cuidado com algumas pessoas que estão inclusas nessas manifestações com cartazes e faixas pedindo uma intervenção militar.
   Quem não conhece a história do Brasil não sabe que houve um período onde os militares estiveram no poder, foi uma tragédia sem precedentes. Esta época ficou conhecida como a ditadura militar. Nesse tempo qualquer um era considerado culpado até que se provasse o contrário, totalmente inconstitucional. Assim muitos foram torturados, deportados e mortos; nessa era obscura da nossa história.
   Tenho um caso na família, por isso posso falar com propriedade, minha avó materna com 88 anos completos, conta que o seu avô foi arrancado de dentro de casa, depois de terem a porta arrombada, sem nenhum mandado judicial, acusado de possuir livros subversivos. Detalhe, ele nem sabia ler, era agricultor de família modesta e não tinham acesso ao estudo. Como já mencionado antes, ninguém tinha o direito a defesa, então ele foi levado daqui de Jaboatão para o centro do Recife, para a cadeia municipal, onde hoje funciona a Casa da Cultura.
    Lá ele apanhou muito para dizer onde estavam os tais livros subversivos e onde os comunistas se encontravam. Por um milagre ele saiu de lá vivo e voltou para casa, mas sem nenhuma das unhas das mãos e dos pés, arrancadas em meio as sessões de tortura que sofrera. E ele saiu de lá com um objetivo, o de nos contar a sua história, a nossa história, afinal é a história do nosso país. Devemos lembrar que existem ainda hoje pessoas que procuram seus entes queridos desaparecidos neste período.
    E nós queremos que isso se repita conosco? Afinal hoje nós queremos mudar o país, discordamos do governo vigente. Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido faz uma análise Marxista e diz que os oprimidos tem o poder de se libertar dos seus opressores, por isso, foi proibido de publicar a sua obra no país. Na mesma época diversos outros brasileiros, dentre eles artistas como Caetano Veloso, foram deportados, ou seja, foram postos para fora do país sem ter direito a voltar nem para ver a família.
   É preciso pensar e discutir se essa é a forma de governo que queremos. Que coíbam quaisquer opiniões contrárias às imposições do governo. É muito importante discutirmos quais as mudanças que queremos para o nosso país? A quem elas irão favorecer? Apenas a algum grupo, ou a todos os brasileiros? É essencial refletir, pois isso faz parte da história do nosso país, da história do povo brasileiro.
Disponível em: http://www.diariodigital.com.br/geral/locais-e-horarios-de-manifestacao-do-dia-12-de-abril-comecam-ser/128726/. Acesso em 13/04/2015 as 13:05

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Comentários sobre o texto: Conceituando Alfabetização e Letramento - de Eliana Borges correia de Albuquerque.

   Qualquer pessoa responderia que alfabetizar corresponde à ação de ensinar a ler e a escrever. No entanto, o que significa ler e escrever? 
  A partir da década de 1990 o termo letramento surge, o artigo publicado por Eliana Borges busca discutir como os termos alfabetização e letramento se relacionam por meio de depoimentos.
  No final do século XIX o conceito de educação considerada como o ensino das habilidades de "codificação" e "decodificação" permeava as salas de aula. As cartilhas relacionada à esses métodos eram utilizadas como livro didático.
   Em uma das falas, a do escritor Graciliano Ramos, ele conta a experiência de repetição de sílabas que terminavam por atordoá-lo. O processo de aprendizagem não o motivava. Os primeiros textos, com significados complexos, apareciam somente no final o que proporcionou que o mesmo decodificasse as palavras, mas não entendesse o que lia além de notar que sua professora também não compreendia.
  O relato da primeira professora entrevistada mostra que sua experiência na alfabetização foi traumatizante, que tinha de usar a cartilha e decorar todos os padrões silábicos. Ao chegar em casa a mãe utilizava o mesmo método da escola e para ela "aquilo era uma chatice", ou seja não lhe despertava nenhum interesse. Outro ponto relevante na fala desta educadora é que "na escola a professora... não admitia de forma alguma que a gente errasse". A cobrança desmedida desrespeitava os limites humanos, uma vez que todo ser humano é passível ao erro.
   A segunda professora entrevistada expõe que as atividades desenvolvidas com ênfase na repetição e memorização de letras, sílabas e palavras sem significados eram amenizadas pelas práticas de leitura vivenciadas no ambiente familiar, mesmo utilizando o mesmo instrumento de estudo que eram as cartilhas. Ela relata que "o processo foi muito feito na brincadeira, no jogo e muito recheado de fantasia" sua mãae dizia que as letras eram das pessoas de sua casa como "seu F", o "B de sua mãe", o "A de sua irmã", o "P de seu pai" e aos poucos já sabia o alfabeto todo. A relação das letras com as pessoas próximas relacionaram o conteúdo (as letras) com a realidade dela, pessoas com quem relacionava-se diariamente a faziam recordar de cada uma dessas letras. Ele refletiu que "a mesma carta era diferente na escola, porque na escola você pegava todos os alfabetos para decorar ordenado... tinha que demonstrar que decorou a letra e não apenas a sequência" e em casa "era a mesma carta do ABC que minha mãe usava de outro jeito". Um método diferenciado adaptado ao aluno. Os textos lidos somente no final, na escola, eram cantados pela mãe utilizando-se da música no processo de ensino o que permitiu descontrair e tornar agradável ao universo infantil a leitura dos textos. Outro ponto a se observar é a respeito do que fala "... mas ela nunca disse que a professora estava errada" então o processo de aprendizagem da criança se complementava.
   A teceira professora diz ter vivenciado um processo de aprendizagem um tanto parecido com o da anterior. Ela cita que a cartilha que sua mãe usava em casa "tinha uma boneca e um boneco na frente", o instrumento chamava a atenção através das imagens na capa. Além disso ela mostrava as letras da forma tradicional a entrevistada diz "eu não achava ruim. E minha mãe fazia: escrevia o nome das minhas bonecas que eram alunas... dos meus primos num papel... e quando eu queria escrever alguma palavra, ela dizia: é igual o nome de tal boneca, igual o nome de tal primo. E ler para mim, era maravilhoso". A ligação com a realidade da criança permitiu que o processo de aprendizagem da leitura se tornasse prazeroso. Ela fala ainda que já tinha noção de que haviam sílabas mais complexas como "PRA, TRA, tipo Branca de Neve, eu queria ler o BRAN", mas como se sentia segura em relação as demais sílabas desejava agora conhecê-las.
    A primeira entrevistada lembrou que ao chegar em casa a mãe lia a coleção de livros "Os clássicos" todos os dias e para ela "era fabuloso: ficar todo dia escutando ela ler aquelas histórias. Eu amava tanto que até hoje eu me lembro bem que quando aprendi a ler, a primeira leitura que fiz foi daqueles contos, né? Eu adorava, amava... passava a tarde lendo aquilo". A leitura dos contos envolveu o imaginário dela e despertou seu interesse.
    A partir de 1980 pesquisadroes de áreas diversas tomaram como temática e objeto de estudo a leitura e seu ensino para redefini-los. Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1984) defendem uma concepção de língua escrita como um sistema de notação, alfabético. Na aprendizagem desse sistema de notação notaram que todos passavam por fases da escrita denominadas de pré-silábica, silábica e alfabética e que os alunos precisariam compreender que a escrita no papel são os sons das partes orais das palavras e que as letras devem ser consideradas além das sílabas e por meio disso aprenderiam e não por meio da leitura de textos presentes em cartilhas tradicionais.
    A partir da década de 1980 surge o conceito de analfabetismo funcional caracterizando-o como: "aquelas pessoas que, tendo se apropriado das habilidades de "codificação" e "decodificação" não conseguiam fazer uso da escrita em diferentes contextos sociais "permitindo que fossem incluidos nessa terminologia não somente os que não liam e escreviam, mas as que tinham pouca escolarização.
     A partir de 1990 o conceito de alfabetização vinculou-se ao termo letramento que "não substitui a palavra alfabetização, mas aparece associada a ela". A definição de letramento no dicionário Houaiss (2001) "como um conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito".
    Atualmente ainda há um alto índice de analfabetos, não considerados como iletrados, pois por meio de uma pessoa alfabetizada se envolvem em práticas de leitura, escrita e sobre os gêneros textuais que circulam na sociedade. Como exemplo a autora do texto cita crianças pequenas que normalmente ouve histórias lidas por adultos ao pegarem um livro buscam repetir todo o texto fingindo que estão lendo.
    As entrevistadas relatam que conhecimentos se desenvolviam nas experiências extra-classe. Vimos o quanto é importante o papel da família no processo de aprendizagem.
    A autora do texto dia que"... o domínio do sistema alfabético de escrita não garante que sejamos capazes de ler e produzir todos os gêneros de texto".
    Na primeira metade do século 20 mesmo em países desenvolvidos, segundo a autora, que possuem baixos índices de analfabetismo o fenômeno de letramento passou a ser discutido.
    A instituição responsável por promover o letramento é a escola embora pesquisas revelem que as práticas de letramento fora dela são importantes. A autora complementa a isto que "os alunos saem da escola com o domínio... de "codificação" e "decodificação", mas são incapazes de ler e escrever funcionalmente textos variados em diferentes situações".
    Soares (1998) aponta que adultos capazes de ler e produzir textos escolares são incapazes de lidar com os usos cotidianos da leitura e escrita em contextos não-escolares.
    As práticas de leitura e produção de textos  desenvolvidas na escola não se adequaria ao contexto em que indivíduos convivem com a escrita de forma mais complexa. No ensino tradicional de alfabetização depois de decorar os códigos por meio de etapas, se lê efetivamente e isso não garante a formação de leitores/escritores. "É importante destacar que apenas o convívio intenso com textos que circulam na sociedade não garante que os alunos se apropriem da escrita alfabética, uma vez que essa aprendizagem não é espontânea e requer que o aluno reflita sobre as características do nosso sistema de escrita". A autora expõe que o convívio com textos diariamente não permite por si só que o aluno venha refletir sobre o sistema de escrita, suas características e o principal é que o mesmo compreende os motivos da leitura e escrita na sua vida.
    Soares (1998a) 
        alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo  se tornasse, ao mesmo tempo, alfebetizado e letrado (p. 47)
    A autora afirma que "... para a formação de leitores e escritores competentes, é importante a interação com diferentes gêneros textuais, com base em contextos diversificados de comunicação." Para alfabetizar letrando é necessário que a escola oportunize aos seus alunos atividades de leitura e produção de textos, mas deixando o resultado esperado "é imprescindível que os alunos desenvolvam autonomia para ler e escrever seus próprios textos".
    O exemplo citado, pela escritora, de uma professora experiente na função, com 15 anos de ensino que buscava diariamente realizar atividades de leitura, exposição oral da compreensção por parte dos alunos, produção de toxto coletivo, registro do mesmo por meio de cópia e por último relacionava-o com imagens por meio de desnhos para facilitar a compreensão, contudo a entrevistada "percebeu que faltavam o desenvolvimento de atividades que levassem os alunos a refletir sobre osistema alfabético de escrita... eu nçao faço atividades no nível da palavra, atividade de análise fonológica... Assim, eles não podem se alfabetizar. Agora vou fazer diferente!" Isso é magnífico um profissional refletir e repensar suas práticas pedagógicas de ensino perceber seus pontos negativos reconhecer seus erros e buscar solucioná-los. No meu ponto de vista esta é uma educadora que merece ser reverenciada e servir de exemplo para várias outras que por estarem anos na função contam apenas os dias para as férias, licensas-prêmios, a aposentadoria e as greves, das quais sequer participam; para verem-se livres dos alunos que deixaram de ser o motivo de seu trabalho para serem um peso que têm de carregar até esses dias tão almejados.
    A autora diz que: 
       "a leitura e a produção de diferentes textos são tarefas imprescindíveis para a formação de pessoas letradas. No entanto, é importante que, na escola, os contextos de leitura e produção levem em consideração os usos e funções do gênero em questão. É preciso ler e produzir textos diferentes para atender a finalidades diferenciadas, a fim de que superemos o ler e a escrever palmente nora apenas aprender a ler e a escrever... É imprescindível que diariamente em turmas de alfabetização em que os alunos estão se apropriando do sistema de escrita, a professora realize atividades com palavras que envolvam, ... uma reflexão sobre suas propriedades: quantidade de letras e sílabas, ordem e posição das letras, etc. a comparação entre palavras quanto à quantidade de letras e sílabas e à presença de letras e sílabas iguais; a exploração de riplomas e aliteração (palavras que possuem o mesmo som em distintas posições (inicial e final, por exemplo)
    Ela enfatiza que as atividades de reflexão sobre as palavras podem sim estar inseridas na leitura e produção de textos, pois vários gêneros favorecem como poemas, parlendas, cantigas e outros, contudo lembra que o trabalho com nomes estáveis (como os nomes dos alunos) é fundamental principalmente no início da alfabetização.
Bom é perceber que vários profissionais tem bfuscado desenvolver práticas de alfabetizar letrando é imprescindível que discussões continuem sendo feitas neste interim para permitir que os profissionais da educação estejam sempre prontos a refletirem a esse respeito e desejam mudar caso seja preciso para atingir o objetivo de formar não decodificadores de códigos registrados em alguma parte, as pessoas autônomas capazes de criar e recriar, refletir e vivenciar uma leitura e escrita consciente e prazerosa que não lhe sujeitasse a mediação de outras pessoas para atividades, nos dias atuais, essenciais como sacar dinheiro num caixa eletrônico,não assinar qualquer tipo de papel sem saber sequer o que contém embora consiga ler tudo o que está escrito.
    À escola cabe "garantir a formação de cidadãos letrados... e construir estratégias de ensino que permitam alcançar... a... meta... alfabetizar letrando.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Perdidos em Alto Mar - Capítulo 8 - Agora tudo está diferente!

Capítulo   8                  

 

Agora tudo está diferente!

   
Todos a bordo do navio estavam diferentes. Aquela notícia havia mexido com todos. Continuar com as atividades naquela tarde sim; mas não da mesma forma que entraram na embarcação.
  Uns estavam extremamente felizes, pois acreditavam ter de aproveitar cada momento ali como se fosse o último, pensavam, e poderia até ser.
    Outros entristeceram-se e começaram a reclamar, uns até começaram a se deprimir.  
     Tiago e  Letícia foram conversando até a sua cabine.
Tiago: -Fiquei preocupado agora.
Letícia: -Eu também amor. Não tinha nem ligado pro meu tio ainda. Agora que quero não consigo.
Tiago: -Também nem tinha ligado pra coroa. Será que ela tá preocupada. Tomara que ela tente ligar.
Letícia: -Se alguém ligar será que a gente recebe a ligação. Meu celular só dá fora de área.
Tiago: -Pois é. O meu também, mas o comandante disse pra gente sempre tentar.
Letícia: -Que saco! Tava tudo tão bom, tão gostoso.
Tiago: -Mas vai continuar sendo gostoso. Vamos aproveitar pra namorar um pouco. Estamos sozinhos.
Letícia: -Um! Gostei da ideia! Que bom que o seu grude te deixou um pouco.
Tiago: -Não te disse que ele ia se ocupar e esquecer um pouco de mim. Vamos curtir enquanto aquele zé mané não lembra de me seguir. Ein! Gatinha...
Letícia: -Miau! Então vamos.
     Letícia e Tiago ficaram o resto da tarde se curtindo na cabine. E como Tiago dissera Marcos estava ocupado e tinha esquecido dele. Afinal encontraria com Rebeka em instantes.
     Eduard e Vitória estavam com a amiga e ela lhes contou como fora a conversa com Marcos, e que tinha marcado um encontro com ele no bar. Eduard demonstrou não ter gostado da ideia.
Eduard: -O que é isso? Você não viu que esses brasileiros só querem curtir.(What's this? You have not seen these Brazilians just want to enjoy.) Já não basta aquele que nem olha mais na tua cara.(Is not it enough that they do not look more in your face.)
Vitória: -O que é isso Eduard, que grosseria. (What's this Eduard, who rudeness.)
Eduard: -Grosseria o que? Ela é muito boba cai logo na lábia desses caras. (Coarseness that? She is very silly soon falls in wordiness of these guys.)
Rebeka: -Acho que pode até ser verdade. Mas ele parecia ser tão diferente do outro. E não é por que ele é brasileiro que vai ser safado como o outro. (I think it might even be true. But he seemed so different. And it is not because he is Brazilian who will be naughty as the other.)
Vitória: -Concordo com você Rebeka. O Eduard está generalizando. Deixe de bobagem Eduard. (I agree with you Rebecca. Eduard is generalizing. Leave nonsense Eduard.) [falou Vitória recriminando o namorado].  A Rebeka sempre foi mais ajuizada do que eu. E não se atreva a falar nada ouviu. (The ever was Rebeka filed more than me. And do not you dare say anything heard.)
Eduard: -Tudo bem. Posso até não falar, mas ninguém me impede de pensar. Vou dar uma volta no navio, não quero mais me meter, ninguém me ouve mesmo. (Alright. I can not even speak, but nobody prevents me from thinking. I'm going out on the boat, do not want to get myself, no one hears me anyway.) [disse isso saindo e batendo a porta]
Vitória: -Não esquente com isso amiga, o Eduard consegue ser insuportável quando quer. (Do not worry about it friend, Eduard can be unbearable when you want.)
Rebeka: -Deixa pra lá. Sei que no fundo ele quer meu bem. O que você acha que eu devo fazer? Ele me pareceu tão sincero. (Nevermind. I know deep down he wants honey. What do you think I should do? He seemed so sincere.)
Vitória: -Bem, acho que você deveria ir sim. Mas com muito cuidado. Muito mesmo. Não deixe que passe de um beijinho de despedida. (Well, I think you should go yes. But very carefully. Very much. Do not let pass a kiss goodbye.)
Rebeka: -Nossa! Agora tudo está diferente! A minha amiga que sempre ouvia os meus conselhos virou minha grande conselheira. Wow! Now everything is different! My friend who always listened to my advice turned my great counselor.[Risos]
Vitória: [Risos] -Antes tarde do que nunca. Vá se divertir amiga, mas tenha cuidado. (Better late than never. Go have fun friend, but be careful.)
Rebeka: -OK! Vou me aprontar pra encontrar com ele daqui a uma hora. (OK! I'll get ready to meet him in an hour.)
Vitória: -Tchau! (Bye!)
Rebeka: -Mais tarde te conto tudo o que aconteceu. (Later I'll tell you everything that happened.)
Vitória: -Quero saber tudo. (I want to know everything.) [Risos]
Rebeka: -Ok.(Ok!) [Risos]
     Marcos estava ansioso pelo encontro com Rebeka. Vinte minutos antes já estava no bar procurando o melhor lugar pra ficarem, que fosse bem reservado pra ficarem a vontade. E quanto mais o tempo passava mais a ansiedade tomava conta do rapaz.
     Rebeka estava pronta, mas ainda faltavam dez minutos. Pensou em não chegar tão cedo pra não ficar esperando caso ele se atrasasse.
Rebeka: -E se ele não for? O que é que eu vou fazer? Chamo a Vitória pra tomar suco comigo. É melhor não criar expectativas, vou ver o que acontece. (And if it does not appear? What can I do? I call to make Victoria juice with me. It is best not to create expectations, I will see what happens.) [Rebeka vai em direção ao bar]
     No caminho um dos hóspedes do navio param Rebeka pra saber que providências o Hotel está tomando pra solucionar essa situação. Rebeka pensou: Puxa! a conversa vai ser longa! Vou tentar ser breve. Mas, logo agora.
Rebeka: -Sim senhor, sou a representante do Sacramento's Hotel e estou como a tripulação tentando contato com o Hotel e outras pessoas, mas até o momento ainda não obtive sucesso. O Hotel em si não sabe ainda o que está ocorrendo conosco... (Yes sir, I am the representative of Sacramento's Hotel as the crew and I'm trying to contact the hotel and other people, but until now still not getting success. The Hotel itself still does not know what is happening to us ...)
   Uns vinte minutos depois Marcos um pouco impaciente e pensando ter levado um bolo decide ver se encontra com Rebeka. Mas quando se levanta da mesa ela entra pela porta do bar procurando por ele.
Marcos: - Pensei que eu ia lanchar sozinho. (I thought I was going to lunch alone!)
Rebeka: -Me desculpe Marcos, aconteceu um imprevisto, não pude evitar.(Sorry Marcos, an unforeseen happened, I could not avoid.)
Marcos: Então, vamos sentar e você me conta. (So let's sit down and you tell me.)
     Conversaram bastante, sorriram e Marcos sempre demonstrava muito interesse em tudo o que ela falava. Rebeka estava um pouco constrangida com o olhar dele, mas não conseguia parar de falar, sempre fazia isso quando estava um pouco nervosa. E Marcos por sua vez estava tão admirado com ela que as vezes até se perdia em suas palavras, mas não conseguia tirar os olhos dela um minuto sequer.
     Enquanto registrava algumas fofocas pra revista Eduard percebeu um sinal em seu ipad às 16 horas, mas este fora muito breve e ele não conseguiu conectar. Imediatamente Eduard foi ao comandante avisar que conseguiu um contato e a localização que percebera.
    Rebeka: [olhando pro relógio] -Nossa o tempo passou tão rápido. (Wow! time went so fast.)
     Isso foi como um despertador pra Marcos, ele olhou pro relógio e disse: -Eu nem percebi. Passaria a noite inteira te ouvindo. (I did not even realize. Spend the whole night listening to you.)
Rebeka: -Bem, dentro de uma hora vai ter a apresentação no teatro e eu preciso estar lá pra registrar tudo. (Well, within an hour will be appearing on stage and I need to be there to record it all.)
Marcos: -Que pena que eu não vou poder ir ao teatro. Como posso fazer pra te ver de novo amanhã? (Too bad I will not be able to go to the theater. How can I do to see you again tomorrow?)
Rebeka: -Bem não posso te dar meu número porque o celular não está funcionando. [risos] (Well I can not give you my number because the phone is not working.)
Marcos: -Então qual o número da sua cabine? Eu posso te visitar. (So how many of your cabin? I can visit you.)
Rebeka: -Acho melhor não. Melhor não anteciparmos tanto as coisas. (I better not. Much better not anticipate things.)
Marcos: -Tudo bem. (Alright.)[Marcos pensou estar levando um fora bem delicado]
Rebeka: -Me diga o número da sua quem sabe depois eu não apareça por lá. Em todo o caso pra me achar é só ver no cronograma as atividades que o hotel está inscrito e você vai me achar. (Tell me the number of his later maybe I do not appear there. Anyway to find me just see the schedule activities that the hotel is included and you will find me.)
Marcos: -Agora sim as coisas melhoraram. [risos] Minha cabine é número 225. Não vai anotar? (Now yes things have improved. My booth number is 225. Not going to write?)
Rebeka: -Eu não preciso. Minha memória é excelente. (I do not need. My memory is excellent.)
    O comandante decidiu parar o navio para tentarem novos contatos e pediu a tripulação que avisasse a todos os passageiros. O recado foi repassado e todos os eventos que estavam agendados para a noite foram remarcados para o dia seguinte.
   Enquanto conversavam ouviram o aviso informando que todas as atividades da noite haviam sido canceladas, pois alguém a bordo localizou um sinal telefônico. E pediu pra que todos tentassem realizar chamadas para seus parentes ou para os números de emergência.
     Rebeka e Marcos levantaram-se e foram ao convés para tentar fazer alguma ligação. Também não conseguiram. Rebeka caminha um pouco com Marcos pelo convés do navio.

     Maria chora desesperadamente e diz ao marido Pedro que não aguenta mais ficar ali que quer ir embora e reencontrar os filhos. Acha que nunca mais vai vê-los.
     Rebeka vê que Maria está muito transtornada e decide ajudá-los, mesmo sem serem hóspedes do hotel estavam todos juntos na mesma situação. Rebeka diz a Maria que seus filhos precisam que ela volte pra casa e que precisa se cuidar, para poder cuidar deles. Maria pensa um pouco no que a moça lhe diz, abraça-se com ela e chora bastante, enfim se acalma. Pedro agradece a Rebeka e diz a Marcos que sua namorada é uma mulher muito especial e que ele deve cuidar bem dela. Marcos feliz da vida diz que com certeza cuidará. Rebeka ouve e fica meio sem jeito, mas sorri, deixando Marcos com esperanças. Ambos se despedem do casal e vão descansar, afinal o dia não tinha sido fácil pra ninguém.
       No dia seguinte continuaram a procurar sinais nos telefones, notebooks e demais acessórios, porém todas as tentativas foram sem sucesso. 
     O comandante Marshal decide navegar para tentar novamente contato, agora de outra localização. Mas, só viam água por todos os lados e gelo ao longe. Para evitar que fossem em direção às geleiras o comandante alterou a rota prevista no plano emergencial e avisou a todos para se tranquilizarem que não iriam de encontro aquele local.  

Imagem retirada do site: http://www.lucretur.com.br/_pacotes/ampliar.php?lt/navio-msc-opera/107296

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Perdidos em Alto Mar - Capítulo 7 - Oh! Meu Deus. Estamos perdidos.

Capítulo 7                    

 

Oh! Meu Deus. Estamos perdidos.

Pela manhã Rebeka recebeu uma visita inesperada em sua cabine. O comandante do navio havia vindo falar com ela. Ambos estavam surpresos, o comandante por que pensava que Rebeka era bastante jovem para ser responsável pelo Sacramento’s Hotel, e Rebeka porque pensava que o comandante nunca deixaria o seu posto, a não ser que houvesse uma emergência. Ela esperava receber qualquer notícia a respeito dos eventos previstos ou sobre qualquer imprevisto, já que ele estava ali. Mas por que o comandante se daria ao trabalho de ir pessoalmente conversar com ela.

Comandante Marshal: - Well Miss, should be finding strange my visit to your cabin this time of the morning, but I have something that needs to be communicated to your hotel after all he is sponsoring this trip, and have invested it is necessary to be aware of the latest developments before other travelers aboard American Cruise for Young. (Bem senhorita, deve estar achando estranha a minha visita a sua cabine a esta hora da manhã, mas eu tenho algo que precisa ser comunicado ao seu Hotel, afinal ele está patrocinando esta viagem, e por ter investido se faz necessário estar ciente dos últimos acontecimentos antes dos demais viajantes a bordo do American Cruise for Young.)

Rebeka: - Sit down, sir, be my guest. Can talk. (Sente-se senhor, fique a vontade. Pode falar.)

Comandante Marshal: - I ask her absolute discretion on the subject that will deal with Miss, as professional and personal security. (Eu lhe peço discrição absoluta a respeito do assunto que tratarei com a Senhorita, a título de segurança profissional e pessoal.)

Rebeka: - You can call me Rebeka, Lord Commander. (Pode me chamar de Rebeka, Senhor comandante.)

Comandante Marshal: - Okay, Miss Rebeka. What brings me here is not good news. Never had to give it in all my 25 years of experience, but for everything there is a first time and hopefully the last.  (Ok, senhorita Rebeka. O que me traz aqui não é uma boa notícia. Jamais tive de dá-la em todos os meus 25 anos de experiência, mas para tudo há uma primeira vez, e espero que seja a última.)

Rebeka: - Speak Lord, I'm all ears. (Fale Senhor, sou toda ouvidos.)

Comandante Marshal: - Well, after our crash Electrical services returned to work fine, except our communicator. We can not speak to our team on the ground. Miss, I mean, Rebeka, you are communicating with the Hotel?  (Bem, depois da pane Elétrica nossos serviços voltaram a funcionar bem, exceto nosso comunicador. Não temos como falar com a nossa equipe em terra. A senhorita, quer dizer, Rebeka, você está se comunicando com o Hotel?)

Rebeka: - No sir Marshal. I was recording the information and then immediately sent over the internet, but since yesterday afternoon did not get success in shipping, I believe we are currently unsigned. (Não senhor Marshal. Eu estava registrando as informações e enviava logo em seguida pela internet, mas desde ontem à tarde não obtivesse sucesso no envio, acredito que estamos sem sinal no momento.)

Comandante Marshal: - Well, this was my last attempt. In addition to being out of touch with the staff at Cruise or Navy are also with our equipment damaged location. The last reading taken informed us that we are to northern Greenland. After that did not record any more information ... (Bem, esta foi minha última tentativa. Além de estarmos sem contato com a equipe do Cruzeiro ou a Marinha também estamos com o nosso equipamento de localização danificado. A última leitura feita nos informou que estamos ao Norte da Groenlândia. Depois disso não registrou mais nenhuma informação...)

Rebeka: - Oh! My God. We're lost. And now what do we do? (Oh! Meu Deus. Estamos perdidos. E agora o que vamos fazer?)

Comandante Marshal: - Well, the whole team got together and decided to try to find a solution by contacting the hotel to give us support. (Bem, toda a equipe se reuniu e decidimos tentar encontrar uma solução entrando em contato com o Hotel para nos dar suporte.)

Rebeka: - It may be that someone has a cell phone with satellite or other type of ISP that allows the contact. (Pode ser que alguém tenha um celular com satélite ou outro tipo de provedor de internet que permita o contato.)

Comandante Marshal: - We will do this even in the early afternoon. We need your discretion about it and help to convince people that everything will be resolved soon and that all will be well. (Faremos isso mesmo, no início da tarde de hoje. Precisamos de sua discrição sobre o assunto e ajuda para convencer as pessoas de que tudo se resolverá logo e que todos ficarão bem.)

Rebeka: - But you do not have that certainty, is not it? (Mas o senhor não tem essa certeza, não é?)

Comandante Marshal: - That's it. But we believe it. Noticing the delay our team will look to us immediately. Do not worry about the food and drinking water are well supplied. I count on your strength to reassure hotel guests onboard. Are a number of twenty people with you, try bringing them together for a chat, but after my statement.  (Isso mesmo. Mas precisamos acreditar nisso. Ao notar o atraso nossa equipe irá nos procurar imediatamente. Não se preocupe a respeito da alimentação e água potável estamos bem abastecidos. Conto com a sua força para tranquilizar os hóspedes do hotel a bordo. São em um número de vinte pessoas com você, procure reuni-los para uma conversa, mas após a minha declaração.)

Rebeka: - So are seventeen people to convince, not worry about me and two friends who are following me. I'll talk to them and ask them for support, we need as many people as possible to reassure passengers. (Então são dezessete pessoas pra convencer, não se preocupe comigo e dois amigos que estão me acompanhando. Irei conversar com eles e lhes pedir apoio, precisamos do maior número de pessoas possível pra tranquilizar os passageiros.)

Comandante Marshal: - Thank you Miss Rebeka, now I see that is quite mature for her age. I count on you and your friends to help us contain any desperate attitude of passengers, we know that some may panic. We'll meet on deck at noon. (Muito obrigada senhorita Rebeka, agora vejo que é bastante amadurecida para sua idade. Conto com você e seus amigos para nos ajudar a conter qualquer atitude desesperada dos passageiros, sabemos que alguns podem entrar em pânico. Nos encontraremos no convés ao meio dia.)

Rebeka: - You can count on us. I will immediately talk with them and be ready to act in time of announcement. (Pode contar conosco. Vou falar imediatamente com eles e estaremos prontos para atuar na hora do anúncio.)

Comandante Marshal: - Even more. (Até mais). (Falou fazendo continência para a jovem que também retribuiu.)

        Rebeka aguardou a saída do comandante e foi ao encontro dos amigos na cabine deles. Estavam tomando café da manhã e a convidaram, Rebeka aceitou o convite e começou a contar-lhes os fatos.

Vitória: - What? I do not believe. It was all too perfect had anything happens. I think it is God's punishment for wrong that my mother and my grandmother. Why I lied to them? (O quê? Não acredito. Estava tudo perfeito demais tinha de acontecer alguma coisa. Acho que é castigo de Deus por que enganei minha mãe e minha avó. Por que eu menti pra elas?)

Eduard: - Stop being silly, Vitória calm down. This can happen at any time. And you heard the commander is counting on us to help counter any act of desperation of the other passengers. We can not despair. (Deixe de ser boba, Vitória se acalme. Isso pode acontecer a qualquer momento. E você ouviu, o comandante está contando conosco pra ajudar a conter qualquer ato de desespero dos outros passageiros. Não podemos nos desesperar.)

Rebeka: - It's really silly Victory, because of his lie God would not allow all who are here to be punished. (É realmente bobagem Vitória, por causa de sua mentira Deus não permitiria que todos os que estão aqui fossem punidos.)

Vitória: - Sorry. I flew a little, but will our phones will not catch? You said we're already close to home. How about try? (Me desculpem. Acho que viajei um pouco, mas será que nossos celulares não vão pegar? Você disse que a gente já está perto de casa. Que tal tentarmos?)

Eduard: - Now yes, this is the Vitória that I know. Thinking about solutions and taking action. Let us check our phones if we have access through the Internet. (As tentativas deles foram feitas, assim como toda a tripulação do navio havia feito, mas a resposta foi a mesma pra todos, estavam sem acesso às redes de comunicação.)

Eduard: - Now we can only wait for the announcement of the commander to take action. (Só nos resta agora esperar o anúncio do comandante para entrar em ação.)

Rebeka: - Surely they place themselves at strategic points of the ship, and we will do the same. Often do not understand what happens to us today, but in time we will understand. (Com certeza eles se posicionarão em pontos estratégicos do navio, e nós faremos o mesmo. Muitas vezes não entendemos o que nos acontece no dia de hoje, mas com o tempo entenderemos.)

Vitória: - Let's get ready to be on deck in four hours while we'll try to communicate with our family.  (Vamos nos preparar para estar no convés daqui a quatro horas, enquanto isso vamos tentar nos comunicar com nossos familiares.)

Rebeka: - The latest news that I sent to the hotel was the night of the crash, after that I got nothing else. (A última notícia que mandei pro Hotel foi na noite da pane, depois disso não consegui mais nada.)

Eduard: - Funny, I have sent some photos for the magazine the next day, but it was up there, we'll try again. (Engraçado, eu ainda enviei umas fotos pra revista no dia seguinte, mas foi lá de cima, vamos tentar outra vez.)

Rebeka: - I'll get my Ipad in the booth and meet you near the pool. (Vou pegar meu Ipad na cabine e encontro vocês perto da piscina.)

Vitória: - Ok friend, see you there. (Ok amiga, nos vemos lá.)

     Rebeka sai pra fazer conforme o combinado, mas no corredor encontra com Marcos. Ela não sabe se fala com ele ou não, afinal tentou falar com ele e o mesmo a tinha desprezado. Foi andando quase com a cabeça baixa sem saber ao certo o que fazer. Marcos vem se aproximando de Rebeka, fala seu nome e sorri para ela.

Marcos: - Hi, Rebeka. (Oi, Rebeka)

Rebeka: - Hi Is everything okay with you? That night I thought you were so weird. (Oi. Está tudo bem com você? Naquela noite te achei tão estranho.)

Marcos: - Sorry, Rebeka. Was a serious problem with a friend and ended up taking it out on you. I'm really sorry. (Me desculpe, Rebeka. Estava com um problema sério com um amigo e terminei descontando em você. Sinto muito mesmo.)

Rebeka: - Alright. You are so right, fickle? (Tudo bem. Você é assim mesmo, inconstante?)

Marcos: - Somehow. It was something very serious that exceeded my limits, had never acted this way. I apologize. Please do not shun me. I enjoyed meeting you wanted to take a juice with you. Where is your cabin? (De forma alguma. Foi algo muito sério que ultrapassou os meus limites, jamais havia agido dessa forma. Peço perdão. Por favor não se afaste de mim. Gostei muito de ter te conhecido queria tomar um suco com você. Onde fica a sua cabine?)

Rebeka: - I'd rather go with you to the bar. I have to go meet my friends in a bit close to the pool, if you can go find us. (Prefiro ir com você ao bar. Tenho que ir encontrar com meus amigos daqui a pouco perto da piscina, se quiser pode ir encontrar conosco.)    

Marcos: - Okay, Rebeka. Meeting with you in a bit there. I look forward to know you better. (Tudo bem, Rebeka. Encontro com você daqui a pouco lá. Estou ansioso pra te conhecer melhor.) (risos)

Rebeka: - So long, Marcos. (Até mais, Marcos.) [foi andando e acenando para ele].

          Marcos ficou feliz, ela lembrava o nome dele. E iria encontrá-la no convés em instantes parecia um sonho. Será que era mesmo real? Iria saber em breve.

          Jonathan e Bianca acordaram e foram tomar café no restaurante, local preferido da moça, depois do SPA, onde sempre encontrava sua nova amiga Letícia.

Jonathan: - Algo me dizia pra vir a este Cruzeiro sabia que aconteceria algo especial na minha vida. Conheci você aqui.

Bianca: - Você já sabe tudo sobre mim, e eu ainda não sei quase nada sobre você.

Jonathan: - Tudo bem, vou te contar um pouco sobre minha família, mas eu sou um cara misterioso, não posso te falar tudo sobre mim.

Bianca: - Ui!!!!

Jonathan: - Mas se você quiser descobrir quem eu sou vai ter que passar mais tempo comigo. (Risos)

Bianca: - Bem, acho que vou querer desvendar esses segredos. (risos) Mas não enrole, fale sobre seus pais.

          E continuaram a conversar.

        Eram quinze pra meio dia e a tripulação do American Cruise for Young se organizava para o anúncio do comandante. Cinco minutos depois começou a ser feita uma chamada: "All those on board without exception attend the ship's deck. Ten minutes the commander will make a brief statement and has your presence. The subject is of interest to all. So do not miss it! " Todos os que estão a bordo sem exceção compareçam ao convés do navio. Daqui a dez minutos o comandante fará uma breve declaração e conta com a sua presença. O assunto é do interesse de todos. Por isso não falte!” Depois de ouvir a mensagem os passageiros começaram a se dirigir ao convés para a declaração do comandante.

          As tentativas de comunicação com o mundo exterior ao navio, de Rebeka, Eduard e Vitória não funcionaram. Resolveram se dividir para estar em meio aos grupos que se formavam para ouvirem a notícia.

          Ao ouvir a chamada pra comparecer ao convés Marcos pensou que tinha perdido a chance de ter um encontro romântico com Rebeka.

Marcos: - Puxa vida! Tô sem sorte mesmo. Até o comandante atrapalhou o meu lance. Realmente parecia um sonho e acho que vai continuar sendo. Peraí, se todos vão estar lá, ela também vai estar, é só procurar. Bom, só não vamos estar sozinhos, mas vou revê-la e posso tentar marcar outro encontro. Que coincidência ela me disse que ia se encontrar com uns amigos lá em cima. Será que ela já sabia de algo? Bom, vou ter que descobrir.

          Uma segunda chamada tomou conta de todo o navio: "All those on board without exception attend the ship's deck. In five minutes the commander will make a brief statement and has your presence. The subject is of interest to all. So do not miss it! "  Todos os que estão a bordo sem exceção compareçam ao convés do navio. Daqui a cinco minutos o comandante fará uma breve declaração e conta com a sua presença. O assunto é do interesse de todos. Por isso não falte!” Algumas pessoas já estavam com medo do que iriam ouvir.

Passageiros conversando:

-Wow! Ya me estoy asustando. (Nossa! Já estou ficando com medo.)

-Detener tonterías Maria es cosa de rutina. (Deixe de bobagens Maria, é coisa de rotina.)

-Tal vez, pero tengo miedo Pedro. (Pode ser, mas estou com medo Pedro.)

-Estão insistindo demais pra que todos estejam presentes e ninguém falte, deve ter algo de errado acontecendo.

- Que é isso. Não seja pessimista deve ter uma explicação pra tudo isso.

- Sei lá, já viajei em Cruzeiros antes e essa situação nunca ocorreu.

- It may be they have a surprise for us. (Bem pode ser que tenham uma surpresa pra nós.)

- It is. I hope it's a good surprise. (É. Eu espero que seja uma boa surpresa.)

          Os passageiros tinham diversas opiniões a respeito do tema até que o comandante surge e todos se calam para ouvi-lo, a tradução simultâneas para o português e para o espanhol estavam sendo feitas.

Comandante Marshal: -Ladies and Gentlemen, I believe we are very curious and somewhat anxious to know what it is about this statement. I will be brief and objective, yet I ask that all present to remain silent until I finish the whole explanation. Then I will open the opportunity for your lordships to take your questions. All agree? (Senhoras e Senhores, eu acredito que estejam bastante curiosos e até um pouco ansiosos por saber do que se trata esta declaração. Serei breve e objetivo, contudo peço a todos os presentes que  permaneçam em silêncio até que eu termine toda a explanação. Em seguida irei abrir a oportunidade para que vossas senhorias tirem suas dúvidas. Todos concordam?)

Passageiros: - Yes! [Sí](Sim!) 

Comandante Marshal: - Well, since we all agree, I'm here to inform you that we are a few technical problems with our team on board, is now trying to solve. After the power outage we suffered some equipment was damaged and it is not certain that you remain unaware of what is happening. Our communication equipment is burned and our navigation system does not work ... (Bem, já que todos concordam, estou aqui para lhes informar que estamos com uns problemas técnicos que a nossa equipe a bordo, já está tentando solucionar. Depois da pane elétrica que sofremos alguns equipamentos foram danificados e não é certo que vocês continuem sem saber o que está ocorrendo. Nosso equipamento de comunicação está queimado e o nosso sistema de navegação também não funciona...)

Passageiros: - Quer dizer que estamos perdidos... (Alguns cochichos começaram)

Comandante Marshal: - We agreed that you would let me talk and then open up the opportunity for questions. Can I continue? [and continued perceived the caring, to lose no time] We are trying our best to repair these essential equipment for our return. Do not worry with regards to food, potable water and other services provided by the ship, everyone will be supplied without distinction. There will be nothing anyone have inventory control and all will receive in your cabin, because these conditions a copy of all the planning and preparation for work as these days the schema until we touch with our team on the ground. (Combinamos que vocês me deixariam falar e depois abriria a oportunidade para as perguntas. Posso continuar? [e emendou, percebera a inquietação, pra não perder mais tempo] Estamos nos esforçando ao máximo para o reparo desses equipamentos essenciais para nosso retorno. Não se preocupem com relação à alimentação, água potável e aos demais serviços prestados pelo navio, todos serão supridos sem distinção. Não faltará nada para ninguém temos o controle do estoque e todos receberão em sua cabine, por causa dessas circunstâncias uma cópia de todo o planejamento e como funcionará o esquema preparado para esses dias até conseguirmos contato com a nossa equipe em terra. [Algumas pessoas começaram a chorar e a se abraçar]. Settle down have people trained to talk to those who are in need of help, after the declaration can search our crew and representative of Sacramento's Hotel Miss Rebeka that is available to help them. Miss stand up so they can see you. Now I will open the opportunity for questions, remembering that for better organization questions will be made ​​in the papers being distributed and answered by me. Crew! Can deliver the papers. (Acalmem-se temos pessoas treinadas para conversar com os que estão precisando de ajuda, após a declaração podem procurar nossa tripulação e a representante do Sacramento’s Hotel a Senhorita Rebeka que está à disposição para ajudá-los. Senhorita acene para que lhe vejam. Agora abrirei a oportunidade para os questionamentos, lembrando que para melhor organização as perguntas serão feitas nos papéis que estão sendo distribuídos e respondidas por mim. Tripulação! Podem entregar os papéis.)

     Até aquele momento Marcos não conseguira localizar Rebeka, mas que sorte o comandante agora o ajudou a achá-la. Começou a deslocar-se ao seu encontro, estava um pouco distante, mas não sabia onde encontrá-la depois que a reunião acabasse então se apressou.

          Algum tempo depois de o Comandante Marshal ter respondido grande quantidade de perguntas avisou que teria mais alguns minutos afinal precisaria retornar ao seu posto. Apressaram-se os que queriam tirar mais algumas dúvidas com o comandante.

Comandante Marshal: - Well, I know this situation is not very comfortable, but I ask you to continue with the same order they were in, enjoy the ride and look like you have suggested to me that everyone should try to use their cellular phones and computers to make contact and if they can, pass on the contact to any person crew who will be prepared to inform our situation and last location. I believe that everything will be resolved soon and that all will be well. Thank you for your understanding.  (Bem, sei que esta situação não é muito confortável, mas peço que continuem com o mesmo intuito que estavam, aproveitem a viagem e procurem como vocês já me sugeriram que todos devem tentar utilizar seus aparelhos de celular e computadores para ter contato e caso consigam, repassar o contato para qualquer pessoa da tripulação que estará preparada para informar nossa situação e última localização. Acredito que tudo se resolverá logo e que todos ficarão bem. Muito obrigado pela compreensão de todos os presentes.)

          O Comandante saiu do convés com um peso a menos nas costas, estava aliviado porque tinha avisado a todos sobre a ocorrência e a recepção da notícia foi menos desastrosa do que esperava.      Os passageiros começaram a se dispersar uns ficaram conversando com pessoas da tripulação e outros a dirigirem-se para suas atividades habituais, afinal a programação permaneceria a mesma, o comandante transmitiu segurança e tranquilidade.

          Marcos chegou ao lado de Rebeka e falou com ela.

Marcos: - I need some help, Miss Rebeka, representative of the Hotel ... ih! I forgot the name of the hotel. (Estou precisando de ajuda, senhorita Rebeka, representante do Hotel... ih! Eu esqueci o nome do hotel.)  (risos)

Rebeka: - Funny. (Engraçadinho). (risos)

Marcos: - I thought I would not find you in the midst of all the people. What will you do in the afternoon besides trying first degree contacts with the earth. (Pensei que não iria te encontrar no meio desse povo todo. O que você vai fazer à tarde além de tentar contatos de primeiro grau com a terra.) (Risos)

Rebeka: - Nothing specific, the evening will go to the theater shooting the theatrical presentation. (Nada específico, à noite irei ao teatro fotografar a apresentação teatral.)

Marcos: - Can we then take that juice? (Podemos tomar aquele suco então?)

Rebeka: - Yes, it will be great to distract me somewhat. (Sim, vai ser ótimo me distrair um pouco.)

Marcos: - Ooops. Distraction is myself, I will review my repertoire of jokes. (Opa. Distração é comigo mesmo, vou rever meu repertório de piadas.) (risos)

Rebeka: - (risos) So, by 3:00 at the bar? (Então, até as 3:00 no bar?)

Marcos: - Okay I'll meet you at the bar at 3:00. (Ok. Te encontro às 3:00 no bar.) (Marcos segurou e beijou a mão de Rebeka)

Rebeka: - See you later. (Vejo você mais tarde.) [meio constrangida, mas sorrindo. Este não era um gesto muito comum nos seus círculos de amizade, mas pelo pouco que observara do rapaz, percebia que não era muito comum, lhe parecia diferente mesmo.]

Marcos: - See you later. (Vejo você mais tarde.) [disse quase sem acreditar e com o coração saltitando quase sem conseguir controlar a euforia, nunca tinha se sentido assim antes]

     Rebeka não foi direto a cabine saiu andando bem devagar, com receio que este fosse como o outro e a seguisse deixando-a em maus lençóis de novo, embora tivesse certeza que não cairia em outra como aquela, jamais. Isso lhe serviu de lição para o resto da vida, não devia confiar demais assim nas pessoas, nem o conhecia, mas desta vez seria diferente.

          Marcos por sua vez saiu saltitando quase correndo, com uma enorme vontade de gritar, mas se fizesse isso perto dela diria que era maluco. Nunca esteve tão feliz. Achou um lugar onde ficou sozinho e gritou bem alto. Eu consegui!!!! Finalmente vou ter a chance de ser feliz. E agradeceu a Deus pela oportunidade de encontrar alguém tão especial como Rebeka.

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