Vamos pensar!!!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Palavras que não se dizem mais evitam grandes conflitos

 Como era agradável sair pelas ruas e poder ouvir e dizer: Bom dia! com um som terno e com certo cuidado, afinal havia maior preocupação com os outros, ao redor.
 Tempos que não voltam atrás, palavras que não se dizem mais. Além do Bom dia suas companheiras de outros horários; o Boa tarde e o Boa noite também andam esquecidos.
 Como é difícil aproximar-se das pessoas hoje, ao dizer essas mesmas palavras nos dias de hoje os que as recebem o fazem com certa desconfiança e em alguns momentos com certo receio, pra não dizer com medo mesmo, dependendo do horário ou se você está sozinho em uma rua escura. 
 Como era bom o tempo que se ensinava "cortesia" nas escolas, termo tão esquecido nos currículos escolares atuais; dos pais passa despercebido, pois há tanto tempo não se ouve falar a esse respeito; e muitos por não praticar ou desconhecer o significado dessa palavra deixam que outras caiam no esquecimento e se tornem obsoletas.
 E sem perceber criam situações difíceis de se contornar, se o contexto fosse outro as situações seriam diferentes. Se fosse feito um teste como nos sairíamos em meio a tudo isso? Será que seríamos considerados Corteses, das raras pessoas educadas, ou precisaríamos rever alguns de nossos conceitos?
 Como é bom falar com uma pessoa educada. Isso nos passa uma sensação de tranquilidade, confiança.
 Há quanto tempo não ouvimos um Por favor, Me perdoe e/ou Me desculpe, ou um Com licença? As expressões utilizadas como repostas à essas menos ainda. 
 Será que nos recordamos? Por nada, Disponha, Desculpado,Não tem de quê ou Fique a vontade. Acredito que a mais fácil seria me desculpe até por associação do nome desculpado. Mas e as demais?
 Vamos recordar... Se eu pisar no pé de alguém o sujeito esboçaria a dor sentida, eu deveria pedir desculpas ou perdão e o indivíduo por sua vez me responder que eu estaria desculpado.
 Mas a realidade que vemos é bem diferente. Vejamos nessa mesma situação quando a desculpa não é utilizada. Primeiro vem o grito de dor, em seguida um outro maior ainda: Tá cego é? Pra não ficar por baixo o "pisante" dá um berro maior ainda: Foi mal! (num tom bem irônico), isso se for "educado", se não for prepare os ouvidos para o repertório bem eclético de palavrões, que se ignorados pelo "pisado" fica por isso mesmo, calado e com o pé latejando. Caso contrário é briga na certa.  Há raras exceções onde as pessoas dizem: Não! ou outras que fiquem caladas por não ter o que dizer. Situação que poderia ser evitada por uma simples expressão e demonstração de preocupação com o outro.
 Há um "ditado" que diz: Depois que se inventou a Desculpa nunca mais gente safada apanhou." Mas se generalizou demais e a desculpa começou a cair no esquecimento e a gerar situações constrangedoras e as vezes irreversíveis.
 Com licença, poucas pessoas se atrevem hoje a dizer, pois pra isso tem de se esperar que as pessoas a quem se refere cordialmente ceda, se afaste da posição em que está para lhe dar passagem ou algo assim. Ceder, verbo tão pouco utilizado atualmente. 
 Aos poucos que se atrevem a pedir (condição que pode ser aceita ou não) licença já se preparam para ouvir Sim ou Não, mas onde foi parar o Pois Não, ou o Fique a Vontade? Como é difícil ceder, graças Deus ainda existem pessoas que agem assim, poucas, mas existem. 
 Parabéns para os que Cumprimentam os seus semelhantes e Cedem um pouco de si para Aproximar-se dos outros, podem ser considerados Corteses, em pleno Século XXI.
 E o Muito obrigado(a) onde foi parar? temos esquecido da gratidão, ouvir alguém agradecer é algo muito raro porque pouco temos ajudado nossos semelhantes para ouvir tal retribuição.
 Mário quintana faz uma reflexão que não poderia faltar neste texto: "Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?" Como podemos amar alguém que não conhecemos? Precisamos nos aproximar mais uns dos outros. conhecer mais os que estão ao nosso redor.
 Sem pessimismo, analisemos os nossos contatos durante um dia, apenas observemos. No dia seguinte vamos nos propor, mesmo seguindo a nossa rotina, a exercitar mais nossa cortesia, procuremos; sem exageros como o Bob Esponja: Bom dia mundo e todos que habitam nele, cumprimentemos cordialmente os que passarem por nós e observemos as expressões das pessoas, umas com certeza serão de surpresa, outras de espanto, umas estarão prontas a responder, outas não, mas não que não venhamos a desistir embora possamos perceber na expressão de alguém como se tivesse dito: Qual é a desse cara/dessa mulher, nunca falou comigo. Não desistamos. Passemos a nos cumprimentar mais e a sermos cumprimentados. Tomemos cuidado pois algumas pessoas podem entender errado e achar que você está "dando em cima" delas. 
 Procuremos exercitar o uso do verbo ceder criando situações onde as pessoas possam nos agradecer e com certeza vamos nos sentir gratificados ao receber um Muito obrigado como retorno a esse esforço e que estejamos prontos a responder Por nada, Disponha, ou Não tem de quê. 
E isso, embora pareça bobagem nos transmite um: "Sei que posso contar com você." Puxa vida como é bom poder contar com alguém. Que essa reflexão possa motivar os leitores (e a começar de mim que já li diversas vezes) a "voltar um pouco no tempo" nesse sentido, que possamos nos importar mais com os que estão ao nosso redor e demonstrar isso através de atitudes serenas que antecedem bons relacionamentos e abandonar outras grosseiras,  brutas e sem pensar que ocasionam grandes conflitos.
13/12/2013 Depois de por em prática algumas dessas atitudes comecei a perceber algumas mudanças. Tente você também ser mais cortês e educado. E espero que a gente se esbarre por aí como aconteceu comigo hoje onde tive a "oportunidade" de esbarrar em uma jovem e ao mesmo tempo nos desculparmos. Saímos tranquilas cada uma seguindo o seu caminho e ao nos reencontramos pode até ser que não nos reconheçamos. Mas se tivéssemos brigado, nos xingado, não esqueceríamos e ao nos reencontrarmos, pense bem. Como seria?
 Atitudes geram outras atitudes. Pensaremos em breve a esse respeito. Meditem com carinho, critiquem, mas pensem. E Fiquem com Deus.

Agradecimentos especiais: http://www.dicio.com.br/semelhante/. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que é o Amor?

 Dizem que o amor é fogo que arde sem se ver... outros que sem ele não se pode viver; há os que digam até que ele não existe. Mas entre os que nele acreditam e os que negam sua existência estão poetas, cantores, céticos e os que veem o amor em toda parte. E entre um extremo e outro todos querem ser amados. Ou não? vamos pensar.
 Há muitas concepções a respeito desse sentimento. Segundo o dicionário Priberam da língua portuguesa esta é a definição do amor, ou melhor definições: a.mor |ô| ( latim amor, -oris) substantivo masculino 1. Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa (ex.: amor filial, amor materno). = .AFETO ≠ ÓDIO, REPULSA/ 2. Sentimento intenso de atração entre duas pessoas. = PAIXÃO/ 3. Ligação afetiva com outrem, incluindo geralmente também uma ligação de cariz sexual (ex.: ela tem um novo amor; anda de amores com o colega). (Também usado no plural.) = CASO, NAMORO, RELACIONAMENTO, ROMANCE/ 4. Ser que é amado.
 Embora haja muitas definições e modos diferentes de encarar esse vocábulo tão pequeno e tão complexo podemos e devemos refletir sobre ele. As suas causas e consequências.
 Imaginemos duas situações: uma pessoa que crê no amor em toda a parte; acorda pela manhã prepara o café e convida a todos os da casa para participar desse momento único, afinal acredita que cada momento que se vive é único e pode ser que não tenham outra oportunidade de se reunir, agradece a Deus pela vida, pelo alimento, pela família, pelo trabalho que dá o sustento. Se abraçam e beijam-se como se fosse aquela a última vez.
 No filme Entrando Numa Fria Maior Ainda a personagem Roz de Barbra Streisand, mãe de Greg (Ben Stiller), falava com a mãe de sua nora a personagem Dina Byrnes vivida por Blythe Danner a respeito do seu neto que chorava sozinho no berço. Dina comentava que seu esposo e ela estavam seguindo um "método" onde o bebê chorava sozinho no berço até ele mesmo se acalentar. Roz por sua vez faz um comentário, no meu ponto de vista, esplêndido ela diz: Pois nós, se referindo a ela e seu esposo, beijamos e abraçamos nosso filho todas as vezes como se fosse a última vez que isso fosse acontecer. Pensemos a esse respeito!
 O amor é contagiante! em o Amor é contagioso Patch Adams tenta suicídio e voluntariamente se interna em uma clínica psiquiátrica, lá descobre um belo dom o de poder ajudar as pessoas com o bom humor. Torna-se médico e através de seu ideal leva a alegria pra muitas pessoas. Esse tipo de atitude torna os seus pratiantes otimistas e passam a encara as situações procurando enxergar o melhor das coisas e das pessoas.
 Uma outra pessoa vivenciando situação semelhante a anterior encararia da mesma forma? Já acorda de mal humor, a final pensa: mais um dia igual a qualquer outro. Começa a comer e diz aos outros que se virem, porque todo mundo tem mãos. 
 Agradecer nem pensar porque não tem o que agradecer. Beijos, abraços, dizer que se importa com quem está ao lado de forma alguma, Ninguém vai me dizer ou fazer isso.
 O meu orgulho não me deixa me rebaixar ao ponto de dizer que eu gosto tanto daquela pessoa porque pode ser que eu não seja correspondido. Esse modo de encarar a vida porém, torna as pessoas mais frias e distantes umas das outras, pessimistas.
 Quando se faz algo com amor se faz bem feito, e os outros percebem pelo olhar, pelo tom de voz. 
 Como é bom ser bem tratado respeitado, dar e receber carinho, buscar demonstrar que se importa com os que estão ao seu redor, mas se isto não é amor, o que é o amor?
 O compositor e intérprete Kim da Banda Catedral faz uma belíssima reflexão a esse respeito em sua música: E o que é o amor
 "E o que é o amor sem ter você? / Sem perceber que fazer o bem é um dever / Que compartilhar é saber viver. / Diz pra mim onde está o amor, como ele é? / Se nas ruas há fome e dor, desespero e caos / Tristeza e rancor, onde está o amor? / O silêncio vai te responder na verdade, ele vai abrir / Sua mente e tente a todo custo refletir / A verdade é tão simples / Ela está presente, basta um interagir / E um novo tempo nascerá. / O amor é a chave, é a mola propulsora, / A fonte da vida eterna / É toda esperança vivida, é sinônimo vivo de Deus / O amor é o sonho, é o dia, a manhã / A delícia mais doce que o mel / É a chama acesa, a maior dádiva recebida dos céus / O que é o amor para você? / Você sente, consciente, basta agora receber / Esse desmedido amor, siga em frente, o resto é viver."
 Mas há diversas formas de amor: O amor de Deus - A Bíblia no evangelho de João capítulo 3 e versículo 16 diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
 Imagine um pai ou mãe dar a vida de seu filho, esse amor de pai e mãe se compara ao amor de Deus pelo ser humano, mas em uma escala infinitamente menor, com certeza um pai e/ou mãe daria a vida por seu filho, mas daria a vida de seu filho, em favor de outrem?
 Eu não daria a vida de nenhum de meus dois filhos, quanto mais de um único. É impossível medir esse amor, como o grande pensador e teólogo Agostinho de Hipona refletiu "A verdadeira medida do amor é não ter medida";
 O amor de irmãos e amigos no evangelho de João capítulo 15 e verso 13 o evangelista expressa a mais bela forma de amar: Ninguém tem maior amor do que este: de dar a vida pelos seus amigos. Jesus em seu sacrifício na cruz do calvário se deu por nós, o próprio Deus nos amou a ponto de se entregar afinal Deus Pai, Filho e Espírito Santo são um só. De Ti, ó Pai vem o amor puro e verdadeiro; 
 Mas há outras formas de amar sem medida: o narcisista, ama tanto a si mesmo que é incapaz de enxergar seus defeitos, e suas qualidades são exaltadas ao extremo de sentirem-se superiores aos demais, meros mortais, são quase deuses. Mais fazer o que? Eu sou o máximo;
 O materialista que ama tanto os bens materiais que dedica a vida inteira para adquiri-los, briga com quem quer que seja para mantê-los, nem que pra isso precise se afastar dos pais, filhos, irmãos ou parentes; e em situações que periguem perder tais riquezas preferem dar a vida por eles.
 Em meio a esses "tipos" de amor não poderia deixar de falar do amor romântico, Roupa Nova em sua melódica canção Amar é... mostra como esse sentimento pode ser sentido e vivido tão intensamente. "Amar é quando não dá mais pra disfarçar / Tudo muda de valor / Tudo faz lembrar você / Amar é a lua ser a luz do seu olhar / Luz que debruçou em mim / Prata que caiu no mar / Suspirar, sem perceber / Respirar o ar que é você / Acordar sorrindo / Ter o dia todo pra te ver / O amor é um furacão, surge no coração / Sem ter licença pra entrar / Tempestade de desejos / um eclipse no final de um beijo / O amor é estação, é inverno, é verão /É como um raio de sol / Que aquece e tira o medo / De enfrentar os riscos, se entregar / Amar é envelhecer querendo te abraçar / Dedilhar num violão / A canção pra te ninar." Amor pra toda a vida. Dedico este trecho ao meu amor Alexandre, com a recordação de que cantei essa música pra ele quando éramos noivos num playback. Lembranças boas lembranças.
 O filme o Amor é cego é uma comédia bastante criativa onde um rapaz Hal interpretado por Jack Black, é hipnotizado para enxergar a beleza interior das pessoas, um filme bem divertido.
 Mas ao analisar as pessoas que ele via bonitas após esse fato e ao ser desipnotizado vê que todas elas tinham defeitos que antes ele não enxergou. 
Na mesma situação via as pessoas más muito feias. Depois viu que algumas até eram bonitas, mas em seu interior não valiam a pena, por isso as via assim.
 Inclusive na trama o personagem conheceu seu verdadeiro amor a jovem Rosemary vivida por Gwyneth Paltrow, que em situação "normal" não faria parte das mulheres que admiraria, pois a mesma interpretava uma mulher obesa. Ela jamais passaria pelos seus pré-conceitos. Isso nos faz refletir que muitas vezes nos deixamos levar pelas aparências e sofremos por isso.   
E a nossa forma de amar ao próximo como está? Esses dias ocorreu um fato que me fez refletir, tinha um cego na estação de metrô do Recife no horário de pico Entre seis e sete da manhã, coitado até deu pena, mas eu fui uma das pessoas que apressada demais e preocupada com o "meu horário", passou voando por ele.
 Ao garantir o meu lugar na fila vi que um rapaz tinha decidido dar um pouco do seu "tempo" para ajudar aquele homem a chegar na fila que iria. "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..." disse o compositor Renato Russo.
 Diante de tantas formas de amar é difícil negar sua existência. Como há os que discordam espero que reflitam sobre essas palavras. Estou aberta à críticas elas são sempre bem vindas, as construtivas mesmo discordando me fazem pensar em pontos não analisados antes; e as destrutivas me levam a refletir: que motivos levaria tal pessoa a ter esse tipo de postura em relação à mim.
 Gostaria de deixar claro que não sei tudo sobre o amor, aliás que não sei tudo sobre coisa alguma. Mas gosto de pensar sobre o que está ao meu redor e se tem algo que me impulsiona todos os dias é esse belo sentimento e se eu não tiver amor de nada valeria... "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;" 1 Coríntios 13:1-8 Amemos e nos entreguemos por completo sejam quais forem os relacionamentos vividos, quanto mais plantarmos amor, mais o colheremos, como disse um homem de Deus: Ninguém é obrigado a plantar nada; agora se plantar, meu filho se prepare pra colher.
 Na canção Quando eu chorar do poeta Sérgio Lopes ele reflete com bastante sabedoria esse pensamento em seu refrão: "Deixe que o amor de Deus / Entre no teu coração / E quando vir o teu irmão sofrer sozinho / Estende para ele a tua mão / No mundo só se vive uma vez / E só se colhe o fruto do que se plantar / As mãos que você hoje ajudar a levantar / Vão aprender a amar / E um dia levantar alguém / Que pode até mesmo ser você". O dia de amanhã não nos pertence. 
  Deixo esta breve reflexão lembrando que o amor ainda tem muito pano pra manga. E assim como muitos desacreditam que o amor possa fazer parte de suas vidas, há também algumas coisas que não se dizem mais, mas em outro pensamento falaremos sobre isso.
 10/12/2013 6:00, mais um dia conforme a permissão do meu Deus. Agradeço a todos os que lerem e refletirem sobre isso. Agradecimentos especiais: http://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13; http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona;
http://www.vagalume.com.br/roupa-nova/amar-e.html;
http://letras.mus.br/sergio-lopes/307591/; 
http://www.cifraclub.com.br/catedral/e-o-que-e-o-amor;
http://www.priberam.pt/DLPO/amor

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nós e a Era do Conhecimento, ou será o inverso?


 Mais um dia de vida, louvado e engrandecido seja o nome do Senhor! Como é bom saber que o sopro de vida nos foi concedido mais uma vez. 

 Pensamentos maus e tristes nos têm afastado da presença de Deus, os cuidados deste mundo nos têm sufocado. Vivemos em um mundo cada vez mais competitivo onde o conhecimento é idolatrado. 

 No início a humanidade considerava Deus como o centro de tudo. No auge do humanismo o homem era o centro de tudo, Deus é posto em segundo lugar.

 O tempo vai passando e Deus volta a ser lembrado, o coração do homem se volta novamente pra Deus, diversas religiões são criadas e o homem volta a buscar ao Senhor, mas por pouco tempo.

 No auge do tempo onde o homem é o centro o "nome" era exaltado e o homem tinha o prazer de falar alto seus nomes e sobrenomes - como Antônio Ermenegildo de Amaral Pereira Góes nome fictício do personagem Chicó ao se apresentar como pretendente ao major Antônio Moraes pai de Rosinha, que desejava impressionar para casar com a moça, na peça o Auto da Compadecida de Ariano Suassuna - e o homem honrava a si mesmo por meio do seu nome. O nome era honrado ao extremo, e por ele famílias eram dizimadas, pais expulsavam filhos de casa. 

 Esse tempo passou e surge uma nova era a do conhecimento. Nos currículos atuais o nome perdeu bastante sua importância e cedeu lugar aos cursos técnicos, de graduação, de pós-graduação, mestrados e doutorados e por meio dos diplomas e idiomas falados somos medidos, o nome já era. Onde Deus está nessa era? pouquíssimas pessoas têm se lembrado dele, mas querem a todo tempo serem lembradas por ele.Pensemos um pouco a esse respeito.

 E nós no meio de tudo isso vivemos perdidos correndo atrás de um tempo que não se recupera mais, porque nunca foi perdido. Somos cobrados de exigências que nunca nos fora dito antes que "precisaríamos" e agora que descobrimos necessitar tanto desses "papéis" nos sacrificamos, a nós e aos nossos, nossa família, para conquistá-los.

 E em busca do tão inalcançável conhecimento abandonamos o que é realmente importante, pois sempre surgem coisas novas a cada dia, realçados pela ciência e tecnologia e nos deixam cada dia mais retrógrados e desatualizados.

 Afinal Facebook, Twitter, Skype, what zap* - Ih!  é assim que se escreve? Tô desatualizada! - são essenciais à sobrevivência. Afinal quem é o ser humano "normal" que não sabe usar esses recursos nos computadores, notebooks, tablets, smartphomes, só se forem da idade da pedra. Voltamos a ser considerados homens das cavernas.

 E nessa busca incessante pelo conhecimento abandonamos o que realmente nos é importante. Deus só ganha um dia na semana e quando dá.

 Abandonamos nosso lar transformando-os de doce em amargo, o lugar de onde saímos as quatro ou cinco da manhã e voltamos às nove ou dez da noite pra dormir. As conversas não existem mais, as pessoas não sabem mais o que fazer se têm um tempinho "livre" em casa.

 Abandonamos nossos filhos à própria sorte e não temos tempo de saber como foi seu dia, lhes ensinar as lições de casa e da vida.

 Em nome da tecnologia que nos aproximava cada vez mais das pessoas distantes nos distanciamos das que estão mais próximas de nós. Vemos pessoas falando sozinhas com seus aparelhinhos presos ao ouvido enquanto a pessoa ao seu lado precisa ouvir uma palavra de conforto. Pense bem!

 Mais um dia de vida, mais um dia com o fôlego da vida e o que realmente importa fazer? Amar e ser amado em todos os nossos relacionamentos seja matrimônio (bicho quase desconhecido nos dias atuais), seja nas amizades, na escola ou no trabalho.

 Mas o que é o amor? Nos dias atuais ele existe? Ele já existiu? Essas são cenas dos próximos capítulos. 05 de Dezembro de 2013 às 7:11 - ônibus lotado, depois de metrô e outro ônibus cheio. Viva a era moderna e tecnológica! 

 Como nada é por acaso depois de escrever este texto vi uma imagem que se encaixa perfeitamente com ele; deixando claro que não condeno o uso da tecnologia e modernidade, precisamos evoluir, mas com cuidado e sem esquecer do que realmente importa, o que fica pra sempre o amor que plantamos e colhemos em graus diversos; nem condeno tampouco a figura exposta, pois ela retrata a Era do conhecimento. 

E fica a reflexão: Afinal em nossas vidas somos nós e a Era do Conhecimento ou a Era do Conhecimento e nós em último lugar quando sobra tempo?


Fica a dica: *WhatsApp - aplicativo para conversas e mensagens gratuitas para smartphone sem pagar SMS.